Em nosso novo empreendimento, introduzimos a arte como elemento do cotidiano, capaz de inspirar, motivar e provocar reflexões. Neste artigo, exploramos a curadoria das obras de arte do Pátio das Artes, apresentando também a participação e perspectiva dos artistas sobre o projeto.
A arte é capaz de transformar lugares e pessoas. Em cada uma das suas vertentes, a expressão artística aguça os sentidos e provoca transformações.
Foi isso que trouxemos como conceito para o Pátio das Artes, criando um lugar especial, uma galeria de arte reformulada. Nos pautamos na importância do contato com a arte além de seu valor estético, reafirmando o seu poder transformador.
A arte revelada
As impactantes pinturas de Rubens Oestroem, as instigantes produções artísticas tridimensionais de Clara Fernandes, as surpreendentes intervenções multicoloridas de Cazão, as criativas esculturas lúdicas de Sara Rosenberg e rascunhos vivos da obra Tarot de Rodrigo de Haro compõem o empreendimento, convidando moradores e visitantes para um encontro com a arte contemporânea e com o encantamento de cada expressão artística.
Assim, no Pátio das Artes, a arte não se limita a um espaço físico, ela se expande e transborda, impactando os espectadores. A arte revelada revela-nos a nós mesmos, convidando à introspecção e impulsionando a transformação.
A curadoria da galerista Helena Fretta
A escolha dos catarinenses, Rubens Oestroem e Clara Fernandes, artistas representativos dos debates da história da arte brasileira, foi feita a partir da curadoria da galerista Helena Fretta e da historiadora Thays Tonin, doutora em História da Arte, experientes pesquisadoras do universo artístico de Santa Catarina e do país.
Para o novo empreendimento da Pedra Branca, Helena Fretta escolheu artistas com um passado inovador, com uma grande trajetória. São artistas que se propuseram a expor o seu trabalho no Pátio das Artes, um projeto totalmente curatorial e que atua como uma oportunidade de expandir o contato da arte catarinense com o público.
As impactantes pinturas de Rubens Oestroem
Artista visual contemporâneo, Rubens Oestroem iniciou sua trajetória artística nos anos 1970, com técnicas e linguagens marcadas por diferentes estágios de seus estudos entre o Brasil e a Alemanha. Nos últimos anos, dedicou-se à técnica de decalque, utilizando máscara plástica, revelando uma nova linguagem na qual a cor toma importância e a forma é orgânica e casual.
Nas artes expostas no Pátio das Artes, “Arquétipos fragmentados” e as da “Série de fragmentos“, Rubens traz cores em uma transformação, relembrando os anos 80 e a explosão das cores ocorrida na época. Nas palavras do artista, trata-se de “uma pintura que reflete um design e uma proposta de impacto cromático frontal”. As obras menores relacionam-se com a maior a partir do “aproveitamento do material das maiores que são a matriz, resultando num exercício em movimento e dinâmica plástica e mesclada”.
As surpreendentes intervenções multicoloridas de Cazão
Publicitário, designer e artista visual autodidata, Cazão começou a ser artista como hobby e hoje tem na arte urbana sua principal atividade, com objetivo de democratizar o acesso à arte através do contato diário do público com suas obras. Seu trabalho trata de abstração geométrica, reinterpretação de formas e de lugares cotidianos, e revela seu forte interesse pela ressignificação de espaços públicos e privados.
Na Pedra Branca, Cazão fez parte do playground Floresta com a intervenção “Penetrável da Cor”, criando uma obra não apenas contemplativa, mas participativa. Ali, crianças podem experimentar a arte além de contemplá-la, brincando e participando das cores da forma que quiserem. Assim, não existe apenas uma forma de vivenciar a obra, na qual cada um vê a realidade através do prisma da imaginação.
As criativas esculturas lúdicas de Sara Rosenberg
Artista plástica, arte-educadora e designer de produto, através do tridimensional, Sara Rosenberg cria artes que são mais do que “é permitido tocar”, mas um convite explícito, um trampolim para a apropriação do momento, no espaço e no tempo, como ela explica. “Em meu trabalho, quero sempre integrar, convidar o outro, o que não é a obra, a fazer parte da obra. A descobri-la, explorá-la por meio da curiosidade, das sensações físicas ao tocá-la, deslizar, entrar e sair, experimentar o dentro e o fora”, diz Sara.
No Pátio das Artes, as obras “Cobrinhas”, “Ginger azul”, “Ginger amarelo” e “Ginger Verde”, pelo caráter aberto e interativo, propiciam experiências estéticas e imaginativas e convidam para um brincar mais criativo, um mergulho, um impulsor de sensações que ajudam a estabelecer um pertencimento no aqui e agora.
Não perca a oportunidade de entrar na atmosfera do Pátio das Artes, um empreendimento único.